terça-feira, 12 de julho de 2011

Exercícios diminuem risco de câncer de mama

Adolescentes que praticam exercícios físicos têm menos chances de sofrer com câncer de mama na fase adulta. A afirmação, já recomendada por diversos especialistas, parte agora do recente estudo divulgado pelo Journal of the National Cancer Institute. Segundo o oncologista clínico Bruno Carvalho, do Centro Especializado em Oncologia e Hematologia (Ceon), o ganho de peso após os 18 anos tem sido associado com o aumento do câncer de mama na pós-menopausa.


"Isto pode ser explicado pela produção de estrogênio pelas células lipídicas, em comparação às mulheres que possuem o físico magro. O estrogênio é responsável pelo crescimento das células tumorais mamárias", explica o médico.

O ato de se exercitar é benéfico em todas as idades. "A mulher ,ao realizar exercícios físicos regularmente, chegará à pós-menopausa (em média após os 45 anos) com menos 'depósitos de gordura', portanto terá menos produção de estrógeno o que diminui as chances de desenvolver o câncer de mama", ressalta Dr. Bruno.


Evitando riscos

Na pesquisa, o menor risco de tumor foi registrado entre mulheres que praticavam semanalmente exercícios intensos. Entretanto, não há um dado exato sobre as chances de uma mulher sedentária desenvolver um câncer de mama.

"São muitas variáveis relacionadas e a atividade física é uma delas. A mulher não precisa virar uma atleta, mas, quando comparamos uma mulher inativa com uma ativa, verificamos que ela possui 30% a mais de chances de desenvolver um câncer de mama. Isso sem contar o aumentando o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, hipertensão, diabetes e osteoporose. Desse modo, adianta sim fazer exercícios depois de certa idade", conclui o oncologista.


O estrógeno é um hormônio feminino produzido principalmente pelo ovário. Na pós-menopausa ele pode vir a ser produzido pelas células de gordura, independentemente da massa corporal. De acordo com a

Organização Mundial de Saúde, o câncer de mama mata anualmente mais de 460 mil mulheres em mundo todo. E cerca de 1,3 milhões de diagnósticos são feitos por ano.

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